Cachorros são animais adaptáveis, principalmente os vira-latas. Sobrevivem sem ter um dono para alimentá-los com três refeições por dia, mais o lanchinho da tarde. Cachorros poderiam facilmente morar na lua, se tivessem como respirar lá. Não à toa os primeiros tripulantes de naves espaciais eram cachorros.
Havia esse cachorro vira-lata chamado Pintado. Ele era todo branquinho dos pés ao focinho. Pintado morava numa fazenda dentro de uma casinha de madeira. Seu dono criava algumas vaquinhas malhadas e Pintado ajudava a mantê-las todas dentro da fazenda e as protegias de lobos.
O dono conseguia viver bem com as vaquinhas. Mas com o tempo ele começou a sentir uma aversão ao mal-cheiro delas. Mais exatamente ao "produto" delas, o que elas jogavam fora depois de comer. E não estamos falando do leite.
Um dia, homens engravatados chegaram na fazenda, querendo comprá-la. O dono não pensou duas vezes e vendeu toda a fazenda. Com as vaquinhas e mais o cachorro que cuidava delas e morava lá.
Deram um fim nas vaquinhas e aterraram toda a fazenda. Estavam construindo uma estrada que ia passar bem no meio do terreno. Por isso botaram pra baixo a casa da fazenda. E a casinha do Pintado também.
Não sabiam o que iam fazer com o cachorro e o doaram a uma fazenda vizinha. Todas as noites, Pintado fugia da fazenda para dormir em sua casinha. Como ela não estava mais lá, ele deitava onde ela ficava e dormia por lá mesmo. Seu novo dono sempre a ia buscar no mesmo lugar, pela manhã.
No começo dormia sobre a terra. Depois dormiu sobre pedras e cascalhos e por fim dormiu sobre o asfalto fresquinho.
Mesmo depois que a estrada foi inaugurada, Pintado ainda dormia lá. Fugia da fazenda e deitava no meio da auto-pista de dois sentidos. Dormia de costas com as quatro patinhas para cima.
Motoristas de caminhão sempre reclamavam do cachorro. Assim como todo carro de passeio que passava pela estrada de noite. Até mesmo os animais. Uma vez passou um caminhão transportando galinhas. Elas gritaram:
_ Sai da frente, cachorro!
Obviamente Pintado não entendia a língua das galinhas porque só tinha aprendido a dos cachorros. Falava um pouco a lingua das vaquinhas. Mas só. Então quando todas aquelas pessoas vinham enxotar o cachorro, ele não entendia o que elas queriam.
Tiravam o cachorro à força do meio da estrada, mas ele sempre voltava quando elas davam as costas.
Teve até uma reunião na prefeitura para discutir o problema do cachorro no meio da estrada. Uns diziam que era só pegar o animal e transformá-lo em sabão. Outros diziam que era desumano e esses queriam adotá-lo. Era uma confusão só.
_ Eu tenho uma idéia! - gritou uma vozinha no meio da multidão.
Todos se calaram. Quem falou era o antigo dono da fazenda! Agora ele era o dono de uma fábrica de pontes. Ele explicou toda a história e aceitaram a sugestão dele.
Na noite do dia seguinte, Pintado chegou na estrada para passar a noite. Encontrou mais uma construção na estrada. Bem onde ficava a sua casinha. Era um pequeno viaduto.
Pintado se aproximou mais da construção e descobriu uma coisa debaixo do viaduto. Era uma casinha de cachorro novinha em folha! Pintado entrou na casinha e foi dormir feliz.
E por cima dele, os caminhões e carros passavam sem incomodar o sono de Pintado.
FIM
Havia esse cachorro vira-lata chamado Pintado. Ele era todo branquinho dos pés ao focinho. Pintado morava numa fazenda dentro de uma casinha de madeira. Seu dono criava algumas vaquinhas malhadas e Pintado ajudava a mantê-las todas dentro da fazenda e as protegias de lobos.
O dono conseguia viver bem com as vaquinhas. Mas com o tempo ele começou a sentir uma aversão ao mal-cheiro delas. Mais exatamente ao "produto" delas, o que elas jogavam fora depois de comer. E não estamos falando do leite.
Um dia, homens engravatados chegaram na fazenda, querendo comprá-la. O dono não pensou duas vezes e vendeu toda a fazenda. Com as vaquinhas e mais o cachorro que cuidava delas e morava lá.
Deram um fim nas vaquinhas e aterraram toda a fazenda. Estavam construindo uma estrada que ia passar bem no meio do terreno. Por isso botaram pra baixo a casa da fazenda. E a casinha do Pintado também.
Não sabiam o que iam fazer com o cachorro e o doaram a uma fazenda vizinha. Todas as noites, Pintado fugia da fazenda para dormir em sua casinha. Como ela não estava mais lá, ele deitava onde ela ficava e dormia por lá mesmo. Seu novo dono sempre a ia buscar no mesmo lugar, pela manhã.
No começo dormia sobre a terra. Depois dormiu sobre pedras e cascalhos e por fim dormiu sobre o asfalto fresquinho.
Mesmo depois que a estrada foi inaugurada, Pintado ainda dormia lá. Fugia da fazenda e deitava no meio da auto-pista de dois sentidos. Dormia de costas com as quatro patinhas para cima.
Motoristas de caminhão sempre reclamavam do cachorro. Assim como todo carro de passeio que passava pela estrada de noite. Até mesmo os animais. Uma vez passou um caminhão transportando galinhas. Elas gritaram:
_ Sai da frente, cachorro!
Obviamente Pintado não entendia a língua das galinhas porque só tinha aprendido a dos cachorros. Falava um pouco a lingua das vaquinhas. Mas só. Então quando todas aquelas pessoas vinham enxotar o cachorro, ele não entendia o que elas queriam.
Tiravam o cachorro à força do meio da estrada, mas ele sempre voltava quando elas davam as costas.
Teve até uma reunião na prefeitura para discutir o problema do cachorro no meio da estrada. Uns diziam que era só pegar o animal e transformá-lo em sabão. Outros diziam que era desumano e esses queriam adotá-lo. Era uma confusão só.
_ Eu tenho uma idéia! - gritou uma vozinha no meio da multidão.
Todos se calaram. Quem falou era o antigo dono da fazenda! Agora ele era o dono de uma fábrica de pontes. Ele explicou toda a história e aceitaram a sugestão dele.
Na noite do dia seguinte, Pintado chegou na estrada para passar a noite. Encontrou mais uma construção na estrada. Bem onde ficava a sua casinha. Era um pequeno viaduto.
Pintado se aproximou mais da construção e descobriu uma coisa debaixo do viaduto. Era uma casinha de cachorro novinha em folha! Pintado entrou na casinha e foi dormir feliz.
E por cima dele, os caminhões e carros passavam sem incomodar o sono de Pintado.
FIM
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